A morte do vigilante Antônio Carlos Barbosa, na UMS Marambaia no dia 02 de julho, infelizmente é apenas mais um capitulo da tragédia que é a Saúde no município de Belém, desde que o falso médico Duciomar Costa tornou-se alcaide da cidade. Capítulo este que ficou registrado em função da realização, no fatídico dia, de manifestação dos trabalhadores da referida unidade em conjunto com a população por melhores condições de trabalho e atendimento.
Agora, enquanto digitava outro post para o Blog, vejo no jornal da TV RBA, edição da noite, mais uma: os médicos da UMS Bengui II se recusando a trabalhar, em função de assalto realizado dentro da unidade. Os bandidos tiveram a cara de pau de invadir, de armas em punho, a unidade de saúde que atende a eles próprios e seus familiares e fazer a limpeza em quem se encontrava de plantão.
Esta situação de falta de segurança, tá certo, se deve também à irresponsabilidade dos governos tucanos, que deixaram o Pará por anos a fio sem realização de concurso público para policiais militares. Mas, lembremos, a segurança dos equipamentos públicos municipais é responsabilidade do Poder Público Municipal, ou seja, do nosso douto alcaide. Este senhor, que também não é chegado em concurso público, contratou centenas de guardas municipais em regime de contrato temporário, utilizou recursos da saúde para adquirir armas, coletes à prova de bala e outros equipamentos para a Guarda Municipal. E agora perguntamos: senhor Prefeito, onde estão os guardas municipais?
Esta situação de abandono não acontece apenas no Bengui não. No mês de junho, os trabalhadores do Pronto Socorro do Guamá tiveram seus vales-transporte roubados à mão armada, em plena luz do dia, do setor de recursos humanos do hospital. O Pronto Socorro do Guamá, que atende diariamente cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras de Belém e do Interior do estado, dispõe de apenas 3 guardas municipais, sendo que apenas um deles porta arma.
A situação de abandono da saúde em Belém é tão gritante, que vem sendo denunciada pelo sindicato dos trabalhadores em saúde sistematicamente este ano. E não falta apenas segurança, faltam também medicamentos, equipamentos adequados ao atendimento de urgência e emergência, ambulâncias, etc. Como diria meu tio Manduca, “não tem as condição”.
Esperamos que as ações de investigação da morte do vigilante Antônio, promovidas pelo Ministério da Saúde e Ministério Público, acompanhadas pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal, tragam como conseqüência a obrigação da correta aplicação dos recursos públicos para a saúde. Porque dinheiro não falta, o que falta é vergonha na cara do prefeito Duciomar Costa. PS. Aliás, ele já vislumbra o fim das suas dores de cabeça na saúde: tramita na surdina na Câmara Municipal de Belém, projeto para a terceirização dos serviços de saúde no município. Mas isto é assunto para outro post.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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