quarta-feira, 18 de julho de 2007

Mais sobre a auto-regulamentação da Classificação Indicativa


Acho triste ver pessoas do observatório da imprensa com este tipo de opinião. É acreditar mesmo na existência do Papai Noel. Como se existisse de verdade a tal de "Responsabilidade Social". Responsabilidade de empresa privada, do capital, é com o lucro dos acionistas. Se para ganhar dinheiro for preciso passar por cima dos direitos humanos, a indústria do entretenimento passará.


Em matéria de classificação indicativa de conteúdos de TV, poderemos, então, estar chegando a uma "maioridade", na acepção kantiana. O eterno filósofo da Fundamentação metafísica dos costumes entendia que a verdadeira maioridade moral é atingida quando nos tornamos capazes de agir com autonomia, ou seja, de modo que as nossas ações estejam acima de nossos interesses e inclinações individuais e corporativas. De forma veemente, representantes da Abert repeliram a insinuação de "raposa cuidando do galinheiro" nesse assunto de autoclassificação. Estaremos testemunhando, realmente, o primado da responsabilidade social das empresas? Existirá, de fato, uma genuína "cidadania empresarial", mesmo quando a violência é um dos principais filões mercadológicos?


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