segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Política da miséria

Fui abordado por pessoas próximas ao PSOL, questionando o porquê de afirmar que o possível candidato Edmilson Rodrigues teria poucos recursos em sua campanha. Segundo tal pessoa, mais de 134 empresários já teriam procurado os responsáveis financeiros da possível candidatura do ex-prefeito com o objetivo de doar para a campanha. Segundo tal pessoa, eu estaria fazendo a política da miséria, tentando afastar a doação de recursos para o possível candidato.

A tal pessoa e aos demais militantes PSOListas e entusiastas da candidatura Edmilson, afirmo que nada tenho contra sua candidatura. Somente acho que a lógica dos processos eleitorais e das doações de campanha me remete a tal reflexão. Se ela incomoda, paciência. O que não posso fazer é transformar este espaço em espaço de bajulação.

Quem quiser que existam blogs onde sua opinião seja única e permanente, criem o seu. Afinal de contas é fácil e de graça montar um blog. Difícil é ficar atualizando, né não.

5 comentários:

Anônimo disse...

Cadê vc? pq parou de atualizar o blog? Volte logo e parabéns pelo excelente blog.

Afonso Gallindo disse...

Olá pequeno,

Te peço appoio na divulgação:

Abraços.

Afonso Gallindo
ABDeC Pará

----------------------------
Abertas as inscrições para a oficina de formatação de projetos do DOCTV

O Pólo Paraense do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do
Documentário Brasileiro (DOCTV), em sua quarta versão, realizará, entre os
dias 30 de junho e 4 de julho uma oficina de formatação de projetos, com
objetivo de qualificar os realizadores que vão participar da seleção de dois
documentários.

A oficina é destinada a qualquer pessoa interessada em inscrever um projeto
de documentário no Concurso Paraense do DOCTV IV, coordenado no Pará pela TV
Cultura do Pará, com apoio da Associação Brasileira de Documentaristas e
Curtametragistas do Pará (ABDeC) . Serão ofertadas apenas 30 vagas,
sorteadas com a presença dos inscritos, pela coordenação do evento,
preferencialmente para quem ainda não participou de oficinas anteriores do
programa.

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de junho e o sorteio será no dia
26 de junho. Cada candidato receberá um número no ato da inscrição e o
sorteio será por esse número, para preservar o anonimato do candidato. A
oficina será ministrada pelo cineasta Cláudio Gonçalves de Oliveira que tem
formação de direção cinematográfica na Escuela Internacional de Cine y TV de
Cuba. A carga horária é de 4,30 horas por dia e a oficina vai funcionar de
8,30 hs às 13 horas.

Para se inscrever o candidato terá que apresentar o pré-projeto de
documentário com a visão original; a proposta de documentário; a eleição e
descrição do(s) objeto(s); eleição e justificativa para a(s) estratégia(s)
de abordagem; e a sugestão de estrutura.

A inscrição na Oficina para Formatação de Projetos não significa
inscrição no Concurso. Mas quem participar da oficina tem a obrigatoriedade
de inscrever seu projeto na seleção de documentários. O descumprimento desse
procedimento implicará no impedimento do candidato em participar de futuras
oficinas de formatação do DOCTV.

As inscrições poderão ser entregues pessoalmente na TV Cultura
do Pará, na Avenida Almirante Barroso, 735 ou enviadas para o email:
doctv4@funtelpa.com.br até o dia 25 de junho. O sorteio para as 30 vagas
será no dia 26 de junho.

Anônimo disse...

Sobre o Ocorrido com o Ver. Paulo Fonteles e o Delegado Arnaldo Mendes no dia 14/08 e noticiado na imprensa dia 15/08.


Nota de Esclarecimento


Ontem foi um dia realmente difícil, constrangedor. Que talvez para todas ou maioria das pessoas devesse ser esquecido, mas não quero esquecer o 14 de agosto de 2008 para efeito de sempre me lembrar quem sou e de onde vim.
Acontece que acordei cedo para a lida diária, cotidiana, e surpreendentemente me deparei com o telefone tocando me dando conta de que um de nossos melhores artistas, o músico Príamo Brandão, havia sido preso acusado por porte de maconha.
Relações pessoais me levam ao encontro deste artista, um dos mais talentosos destas terras caboclas.
Ato contínuo me dirigi com minha companheira até uma unidade policial de Belém para tomar pé da situação.
Lá chegando pude encontrar já com situação de calamidade: o artista, tratado como traficante, marginal, enquadrado como criminoso de altíssima periculosidade esperando as longas horas para ser recolhido ao presídio.
Busquei ponderar com o delegado que se apresentou como Arnaldo. Anteriormente também havia apresentado-me a ele. Disse-lhe ponderadamente que havia um erro e que não estava ali para fazer juízo de valor do ato do artista ou qualquer julgamento moral, mas que havia um equívoco grave porque nosso artista simplesmente estava longe de ser criminoso de altíssima periculosidade.
Minhas argumentações contrárias ao rótulo que lhe imputaram foram inúteis porque não havia nada mais que se pudesse fazer: o músico por decisão me parece que do próprio delegado tornara-se marginal!
Com aquele ato se cometia a primeira e mais contundente violação aos direitos da pessoa humana. Outras viriam em seguida, é verdade que menos graves.
Para minha surpresa depois de falar com meu advogado pelo telefone, fora da delegacia, fui chamado para dentro da unidade policial onde o delegado nos deu a mim e a minha companheira, voz de prisão.
Protestamos e fomos tratados com um palavreado chulo, tipo xingamento de juiz de futebol, absolutamente inadequado para um servidor público.
Protestamos quanto ao tratamento arbitrário e levei um soco do próprio delegado a altura do peito. Estávamos rodeados por outros policiais.
Fomos levados para uma sala e distante dos olhos do público nos vimos diante de um festival de horrores: ameaças, uma pistola rodando de mão em mão, três policiais segurando-me como lobos febrentos e um quarto que espirrou-me spray de pimenta no rosto, algemas em meus pulsos, minha mulher estapeada pelo delegado Arnaldo Mendes.
Eu que havia ido verificar uma denúncia de violação de direitos humanos acabei tendo os meus direitos violados e o que é pior é ver minha companheira amamentando nossa filha de três meses apanhando de um bárbaro.
Drummond no caudaloso poema “Nosso Tempo” ensina-nos que ‘São tão fortes as coisas!/Mas eu não sou as coisas e me revolto’.
A revolta não pode gerar prejuízos ao pensamento, ao contrário, deve engendrar reflexões e numa sociedade injusta como a que vivemos é celeiro das pequenas delinqüências. Sim, porque as grandes são sempre cometidas pelos muito ricos.
Mas a revolta também serve como ventre da consciência dos pobres a quem o delegado deveria servir com gentileza.
Quais reflexões me refiro?
Os acontecimentos desta manhã me fazem retornar a 1985. Meu pai era Deputado Estadual e fazia a defesa de uma comunidade de trabalhadores rurais que estavam num contencioso contra um latifundiário que também era Coronel do Exército, vivíamos ainda tempos de ditadura. Tal Coronel foi à imprensa de nosso estado e ameaçou publicamente o Deputado Paulo Fonteles de morte, que ficou tão surpreso com a ousadia, mas tão surpreso mesmo, que em carta publicada em O Liberal respondeu-lhe num dos trechos “se o senhor ameaça publicamente um deputado de morte, o que o senhor não faz com os trabalhadores rurais?”.
Parece-me que o que passamos ontem tem certa similaridade. Se dentro de um aparelho policial um parlamentar razoavelmente conhecido pela luta pelos direitos humanos, conselheiro da Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos e sua companheira são achacados da forma que foram imaginemos o que ocorre ao cidadão comum, ao desempregado, ao trabalhador, ao jovem da periferia, ao pobre? É para com eles com que devemo-nos preocupar, com o cotidiano das violências permanentes, com as surras pedagógicas silenciadas pela humilhação do poder policial.
Estas são as verdadeiras vitimas. Também aquelas que ontem serviram de testemunhas para o delegado porque seus filhos, pais, maridos, irmãos estão custodiados na Seccional da Cremação. Vitimas embrutecidas seja pela pobreza ou pela coação da autoridade que se levantam contra os defensores de direitos humanos emulados pelo código de Hamurabi em programas televisivos tipo Polaroid.
Lamento que isto esteja ocorrendo no governo do Partido dos Trabalhadores, mas sei que esta é uma luta do velho que não quer sair e o novo que quer se impor.
O pensamento político simplificado não alcança o atual nível da batalha em curso e temos duas ordens de conduta.
A primeira é que tudo está bem e não está. Muitos estão apenas preocupados com nichos de poder, pequenos projetos pessoais eleitorais, personalidades.
Há, e declino de qualquer citação, a substituição daquilo que é central pelo periférico e o central é resgatar a imensa divida social do estado para com o povo e a necessidade de desenvolver um modelo de desenvolvimento próprio, amazônico, sustentável, que dialogue com os paraenses que vivem no interior com sentimento separatista por anos de abandono e com as camadas médias urbanas, com os setores realmente produtivos, enfim com os segmentos vivos da sociedade. Além, é claro de pautar na agenda da Nação o debate sobre as deformações das relações inter-regionais do país na qual a Amazônia tem sido historicamente penalizada.
A outra visão, também equivocada, é de que tudo está do mesmo jeito que dantes. Não está.
Tenho acompanhado o esforço titânico, pessoal da própria Governadora no sentido que as coisas dêem certo. Falo isto de posse da informação que todo militante do PT tem e deixo claro que não sou e nunca fui de sua “cozinha” como se diz no jargão político. Tenho aversão a palacianos.
O fato é que está em curso a luta do velho contra o novo, convivendo juntos de forma conflituosa.
O novo só vai se impor pela força da consciência e pela convicção do projeto popular e é preciso muita mobilização. Saber qual é o lugar do governo, do partido e dos movimentos sociais é premissa fundamental porque são categorias sociológicas diferentes.
Desculpe-me se me estendo, preciso descrever angústias.
Uma outra reflexão é de análise, breve, juro, a hipocrisia.
Detesto as asneiras com seus “telhados de vidro”, não há coisa pior. Usuário é usuário e traficante é traficante.
As leis brasileiras se modernizaram, as mentalidades precisam se modernizar também e não apenas a do arbitrário delegado.
O tráfico, de acordo com a nova legislação é crime hediondo para toda a sua cadeia, da produção até a comercialização.
O usuário, de acordo com a legislação revista passa a ser entendido de forma “social” e não “policial”.
No fundamental de sua inovação é a responsabilidade pública que ela engendra, porque a dependência química passa a ser um problema de saúde e, portanto avessos a Seccionais onde o “pau-corre-solto”.
Nosso artista é pai de família, tem emprego de carteira assinada, residência fixa e grande prestigio no mundo musical.
Ao que me consta vive de seu talento.
Não sabe o delegado, talvez porque nunca ouviu boa música o quanto estuda um músico da natureza do novo presidiário do sistema carcerário paraense.
Para um recalcitrante, rosas, poesia e música deve ser mesmo um perigo!
O fato é que até isso ser assimilado, muita gente vai virar bandido só porque um delegado que deve tomar uns drinks quis por pura vontade ignorante! E se discordar, Shazan-pow!
Escutei muita bobagem do porque me associar a maconheiro como se maconheiro não fosse gente? Com esse discurso a gente bate em mulher, promove a homofobia e os crimes raciais. Aí depois vem a Klu-Klux-Klan, os Comandos de Caça aos Comunistas e as Tradições Famílias e Propriedade da vida, isso sem falar nos galinhas verdes, Republicanos tipo Bush, Mussolinis e Hitleristas de toda ordem. Haja paciência!
O que me interessa é a solidariedade, é disso que falo.
Mais do que nunca precisamos prestar-lhe solidariedade porque assim protegemos nossas próprias vidas de todas as formas de abuso de poder e damos um tratamento adequado para quem fere o fundamental princípio do servidor público que é o da legalidade.
O outro tratamento adequado é para quem é usuário de droga. Quem se julgar com problemas que busque tratamento, o problema é o acesso.
As políticas públicas de saúde para o tratamento de dependência química são ainda reduzidas e as casas de tratamento têm poucos leitos. O moralismo clichê só atrasa quem realmente precisa.
As clinicas particulares são para poucos.
E convenhamos às drogas lícitas e ilícitas correm soltas em todas as camadas da sociedade, mas prejudicam mais aos pobres que tem pouquíssimas alternativas a não ser a pedagogia do delegado Arnaldo Mendes.
Creio que os movimentos de direitos humanos e os artistas irão dar uma grande lição de solidariedade humana na luta para repor a verdade e fazer com que nosso músico volte a embalar os corações daqueles que precisam de sua arte.
Até figuras bizarras, tipo delegado Arnaldo, sem saber, mais do que nunca precisam de um tratamento com base nas canções de nosso artista Príamo Brandão.
A juíza poderia sabiamente aplicá-lo uma penalidade alternativa: ensinar aos filhos dos que miseravelmente estão encarcerados sua boa arte, talvez isso inicie finalmente a humanização do sistema prisional paraense.
Uma boa idéia seria abrir no Conservatório Carlos Gomes para a nova turminha!
Quanto a nós, a mim e minha companheira, não somos Bonny e Clyde e isso não é circo, muito menos cinema. É a vida real.
Temos como diz o sertanejo: “O couro duro”.

Paulo Fonteles
Vereador de Belém/PT.

Anônimo disse...

por favor me responda:
qual o nome da irmã dos irmaos novelino??
mariovox11@hotmail.com

allonny waykawa disse...

isso é politica nos dia de hoje no brasil.

http://blogs.abril.com.br/allonnywaykawa