Circula no Youtube vídeo produzido pela ONG ambientalista Greenpeace sobre incidente ocorrido no município de Juína, localizado na região oeste do estado do Mato Grosso. Uma equipe formada por dois jornalistas franceses e seis ambientalistas do Greenpeace e da OPAN (Operação Amazônia Nativa) foi até o município registrar os conflitos entre índios da nação Enawene Nawe e fazendeiros. Ao chegarem a cidade, foram conduzidos a Câmara Municipal, onde realizou-se uma sessão especial convocada pelo presidente da casa e acompanhada pelo Prefeito. Cercados por mais de cinquenta fazendeiros e seguranças, após seis horas de bate boca, chegou-se à conclusão óbvia, dita expressamente pelo prefeito: os ambientalistas não eram bem-vindos, não poderiam visitar as aldeias indígenas e e era extremamente recomendável que fossem embora.
Apoás a sessão, os ambientalistas foram seguidos pelos fazendeiros até o ponto onde encontrariam-se com os índios, para informar-lhes do acontecido, foram seguidos até o hotel onde ficaram cercados a noite toda, e forma "escoltados" até o aeroporto de onde partiram de volta a Cuiabá.
O governador do estado, Blairo Maggi, fazendeiro e chefe político do prefeito de Juína, simplesmente pronunciou meia dúzia de palavras sobre o acontecido. Já o procurador da República Mário Lúcio Avelarabriu inquerito policial federal sobre o caso. E declarou ao Blog do Josias:“É certo que moveremos a ação”, disse Mário Lúcio ao blog. “Quero estudar direitinho o caso, para ver se cabe também a acusação de improbidade administrativa. Há, em princípio, indícios muito fortes. Entendo que um prefeito e um vereador adotar um comportamento daquele, participando de um ato de constrangimento ilegal, viola os princípios da administração pública. Eles incitaram a violência. E não podem fazer uma coisa dessas”.
Blairo Maggi, destaquemos, é grande interessado na divisão do Pará, e favorável à criação do Estado do Tapajós, onde ampliou, com apoio dos governos tucanos, suas roças de soja.
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