quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Demos passam a perna em Zenaldo Coutinho

Saiu no Jornal O Globo de hoje. Por que será que não foi noticiado no Melhor do Norte de hoje, já que se trata de uma sucursal?

Disputa pela liderança da Minoria expõe guerra entre PSDB e DEM

BRASÍLIA - A disputa entre PSDB e DEM na Câmara ganhou novos rounds. Na manhã desta quarta-feira, o líder do DEM, Onyx Lorenzoni (RS), anunciou que o deputado Cássio Taniguchi (DEM-PR), atual secretário do governo do Distrito Federal, vai reassumir o mandato e manter a bancada com 60 deputados e com direito a indicar o líder da minoria na Casa. A atitude é uma reação a decisão do PSDB de formalizar na terça a filiação do deputado Gervásio Silva (SC).

Gervásio deixou o DEM, segundo os deputados da legenda, em festa realizada no último dia 11 que reuniu vários tucanos graduados, entre eles o líder da bancada, Antonio Carlos Pannunzio (SP).

- Estão reclamando que não comunicamos a indicação de André de Paula (DEM-PE) como novo líder da minoria, mas não houve sequer um telefonema de Pannunzio avisando da filiação de Gervásio. O Taniguchi será exonerado da secretaria (do governo do DF) e reforçará nossa bancada. Chegaremos ao final do dia com 60 deputados - avisou Onyx.

O líder do DEM disse que Pannunzio não tem razões para queixar-se de não ter sido avisado antes da indicação de André de Paula:

- Há muito tempo eles não nos procuraram para nada.

O racha entre DEM e PSDB vem aumentando e se intensificou a partir da discussão sobre a reforma política, quando os tucanos desistiram de apoiar o projeto do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) que defendia voto em lista e financiamento público exclusivo. Também ficou latente em relação à prorrogação da CPMF, defendida em parte por tucanos. O DEM quer o fim da contribuição.

O pano de fundo da briga é, na verdade, a disputa por poder. O próprio Lorenzoni avisa que a legenda ganhou um novo nome e o poder de ter suas próprias bandeiras, não carregando mais bandeiras tucanas. Outros deputados do DEM que participaram de um café-da-manhã na liderança endossaram as críticas aos tucanos.

- Podemos ser só 60, mas não recuamos. A postura que adotamos é de que somos oposição em tempo integral. O PSDB tem atuado, às vezes, como uma linha auxiliar do governo Lula, como na eleição do presidente Arlindo (Chinaglia) e na prorrogação da CPMF - disse o deputado Paulo Bornhausen (SC).

- Resumidamente, o PSDB é um PT rosé. Eles que são tão entendidos de vinhos, não são nem tinto, nem branco. São rosé - acrescentou Ronaldo Caiado.

Reunião para escolha de líder causou constrangimento

Na terça-feira, a escolha André de Paula (DEM-PE) para a Minoria provocou constrangimento na reunião de líderes. Pannunzio não escondeu a irritação ao ver o novo líder da oposição, que chegou de Lorenzoni, e sentou-se na cadeira que foi de Júlio Redecker (PSDB-RS), morto no acidente com o avião da TAM.

Pannunzio disse que não havia sido informado da escolha do novo líder e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), argumentou que apenas atendeu a um requerimento do DEM, que reivindicou o cargo alegando ter maioria.

André de Paula substitui Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), que ocupou o cargo por cerca de um mês, após a morte de Redecker. O DEM alcançou 60 deputados, três a mais que o PSDB, o que, de acordo com o regimento, dá direito ao partido de indicar o líder da Minoria. Os ex-pefelistas ganharam Betinho Rosado (RN), suplente de Nélio Dias (PP-RN), que morreu de câncer em julho; e Dr. Pinotti (SP), que retornou após deixar o cargo de secretário de Ensino Superior do governo paulista.

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