terça-feira, 21 de agosto de 2007

PSOL abre precendente para aliança com PT nas eleições municipais

Em seu primeiro congresso estadual, o PSOL teve como vencedora a chapa formada pela ex-deputada Araceli Lemos, eleita presidentes do partido com pouco mais de 50% dos votos.
Entre as propostas vencedoras, está a que determina que a política de alianças do partido será decidida em seminário nacional do partido no ano que vem.
A proposta contrária, apresentada pela corrente do ex-deputado Babá, determinava que a aliança se daria exclusivamente com o PCB e o PSTU, aliados do PSOL nas eleições de 2006.
Fontes ligadas ao partido apontam que a decisão abre o precedente para que o partido firme alianças com o PT, haja vista que entre as decisões do congresso, se abre espaço para diálogo com setores sociais ligados ao PT. "Para nós ficou claro que Edmilson quer ser candidato com apoio do PT e de Ana Júlia", diz a fonte que prefere o anonimato.

2 comentários:

eloy borges disse...

A eleição de Araceli Lemos para a presidência do PSOL-PA abre sim precedentes para o partido tornar-se mais aberto para alianças com setores da sociedade que lutam por mudanças reais. O PSOL não poderá apresentar-se como uma alternativa eleitoral se for para o gueto, porém, não deve ser pragmático ao extremo ao ponto de fazer alianças com qualquer um. Esse equilíbrio reflete-se nas resoluções aprovadas democraticamente no congresso.

Anônimo disse...

O Congresso Nacional do PSOL aprovou uma resolução sobre conjuntura nacional do qual destaco os seguintes trechos:

"O espaço do PSOL é de oposição aberta e de esquerda ao governo da coalizão burguesa de Lula e do PT. Uma oposição programática, ideológica, institucional e sustentada no movimento de massas. Um partido que, buscando inserção no movimento popular e legitimidade entre os lutadores sociais, visa se colocar como alternativa socialista entre o bloco governista liderado pelo PT com os seus partidos fisiológicos e a velha direita representada pelo PSDB/PFL (DEM) que quer retornar ao poder para dar continuidade e aprofundar ainda mais o projeto neoliberal e a dependência ao imperialismo. Uma oposição de esquerda, alternativa, que não tem relação com o projeto eleitoral do bloco PDT, PSB, PC do B, partidos pautados pelo apoio ao governo federal." e
"Como decorrência, a conjuntura impõe um processo de aglutinação de organizações e atores políticos cujo leque alcança a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS), a Marcha das Mulheres, a Via Campesina, o MST, a Intersindical, o MTL, a Conlutas, o PSOL, o PCB, o PSTU, além da Assembléia Popular, que reúne pastorais sociais da CNBB, movimentos de mulheres, e sindicatos combativos."

Portanto, qualquer proposta diferente da orientação nacional do partido é pura especulação. Ou loby. Talvez por isso a fonte tenha preferido o anonimato.