A novela envolvendo a morte dos irmãos Novelino ainda vai render muitos capítulos. É o que levam a entender as declarações do promotor Paulo Godinho.
De forma pouco precavida, o promotor desfiou declarações do tipo: “Eu recebo quem eu quiser; não tenho de dar satisfação a advogado”. Tais declarações foram feitas a partir de reclamações de advogados de outros réus, reivindicando a participação no depoimento de Cárdias.
Segundo comentários correntes na cidade, a delação de Cárdias, ao invés de levar a soluções sobre o caso, pode levar a um desvio de rota, levando a uma perda de objetivo no processo. Assim, ao desviar o foco, o Ministério Público poderá ficar incapaz de provar coisa alguma, resultando em punições brandas para os diretamente envolvidos, e esquecimento sobre os mandantes.
Para botar mais pano nessa manga, Chico Ferreira estaria ameaçando lançar uma carta negando as declarações de Cárdias. Com mais esta, além da carta de Luiz Araújo, haveria uma emaranhado de versões sobre a morte dos irmãos.
O certo é que, mesmo que o crime seja esclarecido ou não, ficará a impressão definitiva para o povo paraense de um verdadeiro mar de lama. E a lama toda é oriunda da velha mamata que reina no Brasil desde a chegada de Cabral.
Chamada patrimonialismo por Weber e bem identificado no Brasil por Raymundo Faoro, esta ideologia é responsável pela apropriação do público pelos setores sociais governantes, levando ao enriquecimento de alguns em detrimento da sociedade. No passado, marcado pela apropriação pura e simples do patrimônio público e pelo emprego de parentes e aderentes. Hoje em dia, em uma sociedade mais sofisticada, sua maior expressão se chama financiamento de campanha. Onde se trocam milhões em doações por bilhões em contratos.
Ps. Me perdoem o provável trocadilho no título da postagem, foi sem intenção....
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