Começou hoje pela manhã o julgamento dos seis acusados da morte dos irmãos Novelino. Pela manhã depuseram o ex-policial Sebastião Cárdias e o “empresário rêmora” Chico Ferreira.
Em seu depoimento, Cárdias confirmou o depoimento prestado a portas fechadas para o promotor. Nele, Cárdias afirmou que receberia 200 mil reais pela morte dos irmãos de Marcelo Gabriel e Carlos Ettinger, valor este que seria depositado em sua conta no dia 2 de maio. Cárdias confirmou também que além dos irmãos Novelino, os assassinos planejavam a morte dos parlamentares Paulo Rocha, Valdir Ganzer, da presidente do Ialep, Sandra Leite, e do prefeito de Parauapebas Darci Lermen.
Chico Ferreira, por sua vez, fez um depoimento desencontrado. Negou que tivesse planejado o crime, chegando a afirmar que as vítimas eram como que irmãos para ele. Chico Ferreira afirmou que a ação fora totalmente planejada por Cárdias e que se tratara de um assalto. Perguntado pelo juiz sobre o motivo de não ter prestado queixa, alegou estar com medo. Ferreira afirmou ainda que notas promissórias em nome de Paulo Rocha e Valdir Ganzer teriam sido roubadas na ocasião, e que os empréstimos assumidos por ele teriam sido feitos em nome dos dois políticos. A partir do desencontro entre o depoimento prestado no julgamento e o depoimento prestado durante as investigações, o juiz Raimundo Flexa chegou a advertir Ferreira para que não mentisse durante o depoimento.
Na parte da tarde, depôs o ex-fuzileiro José Augusto Marroquin. Ele afirmou que a ação fora comandada por Cárdias, que amarrou e matou os dois irmãos. Segundo Marroquin, Cárdias o havia contratado para simular um assalto,e que relutou em participar da morte dos irmãos, mas ficou com medo de Cárdias. Marroquin negou que as supostas notas promissórias tivessem sido roubadas. Segundo ele, apenas cheques e papéis foram levados por Cardias, em um saco plástico. Ele confirmou ainda a participação de Chico Ferreira como mandante dos crimes.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
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